ECOSSISTEMA BANCO DE ALGAS E IDENTIDADE TERRITORIAL NO MUNICÍPIO DE ICAPUÍ/CE: COMUNIDADE TRADICIONAL PESQUEIRA E MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL
Resumo
A abordagem do território enquanto categoria e a sua inserção nos estudos das Ciências Humanas e Ambientais, foi reafirmada através das discussões realizadas na comunidade tradicional pesqueira denominada de Barrinha, no município de Icapuí, litoral leste cearense. Dessa forma, foram desenvolvidas as etapas da pesquisa com o objetivo de evidenciar os vínculos entre o território litorâneo e as ações de afirmação de identidade para assegurar a continuidade do modo de vida e a sustentabilidade do cultivo de algas. Os processos de identificação social da comunidade de Barrinha foram analisados em suas relações com a introdução e constituição da técnica, da ciência e da informação no território constituído pelo banco de algas dos Cajuais. Em uma primeira etapa foi realizada abordagem teórica acerca do território, da identidade e da área de estudo. Na segunda, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com as algicultora (também vinculadas às atividades de mariscagem). Foi possível constatar que o envolvimento da comunidade nos meios técnico-científico-informacional, ainda que incompleto no território algicultor promoveu valorização humana, social e ambiental com rebatimentos na forma como a comunidade percebe e identifica novas relações territoriais. As práticas envoltas em atividades comunitárias sustentáveis proporcionaram alternativas socioeconômicas e a garantia de territórios de afirmação do trabalho algicultor. Além de proporcionar vem fortalecendo a apropriação material e simbólica territorial pela comunidade.
Palavras-chave
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