POLÍTICA PÚBLICA, ARBORIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: O CASO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA

  • Marina Macedo Gomes Albuquerque Universidade Federal do Ceará
  • Maria Elisa Zanella Universidade Federal do Ceará
  • Eustógio Wandreley Correia Dantas

Resumo

Arborização é o ato ou efeito de arborizar, que significa plantar árvores. Desta forma, a arborização urbana integra o meio ambiente natural e artificial. Os espaços urbanos modernos têm menos vegetação que seu entorno, e essa diferença afeta o clima, o consumo de energia e habitabilidade das cidades, entre outros, que demonstram a importância e a urgente necessidade da arborização. Além disso, há diversos benefícios ecológicos, econômicos e sociais relacionados à arborização, quais sejam: as árvores atuam beneficamente na qualidade do ar, absorvendo poluentes e gás carbônico, a vegetação trabalha como moderadora do clima, melhorando o conforto urbano, melhora a qualidade das águas, prevenindo enchentes e deslizamentos, entre outros.A metodologia utilizada no presente trabalho é teórica, bibliográfica, descritiva e exploratória.Inicialmente, analisa-seo conceito de arborização, seus benefícios e sua relação com a sustentabilidade. Em seguida, a abordagem foca nos impactos positivos da arborização como uma política pública sustentável,e finalmente, é feita uma breve análise do Plano de Arborização do Município de Fortaleza, criado em 2014, concluindo-se que a política pública de arborização urbana deve ser reconhecida como uma necessidade para a contribuição da qualidade da vida nas cidades, buscando garantir, desta forma, um ambiente sadio e equilibrado ou menos agredido e poluído.


Palavras-chave: Arborização; Sustentabilidade; Política Pública; Plano de Arborização de Fortaleza.


Abstract


Arborization is the act or effect of tree planting, which means planting trees. In this way, the urban arborization integrates the natural and artificial environment. Modern urban spaces have less vegetation than their surroundings, and this difference affects the climate, energy consumption and habitability of cities, among others, which demonstrate the importance and the urgent need ofarborization. In addition, there are several ecological, economic and social benefits related to arborization, such as: trees act beneficially on air quality, absorbing pollutants and carbon dioxide, vegetation works as a moderator of the climate, improving urban comfort, improving the quality of Waters, preventing floods and landslides, among others. The methodology used in this work is theoretical, bibliographic, descriptive and exploratory. Initially, the concept of arborization, its benefits and its relation with sustainability are analyzed. Next, the approach focuses on the positive impacts of arborization as a sustainable public policy, and finally, a brief analysis is made of the Arborization Plan of the Municipality of Fortaleza, created in 2014, concluding that public urban afforestation policy should be Recognized as a necessity for the contribution of quality of life in cities, in order to guarantee a healthy and balanced environment or less aggression and pollution.


Keywords: Arborization; Sustainability; Public policy; Plan of Arborization of Fortaleza.

Referências

Acselrad, H. (2001).A duração das Cidades: sustentabilidade e risco nas políticas urbanas. DP&A, Rio de Janeiro, Brasil.

Biondi, D. (2000). Curso de arborização urbana. Curitiba: UFPR.

Branco, K. G. C. ; Zanella, M. E. ; Sales, M. C. L. . O clima em áreas verdes intra-urbanas de Fortaleza. Revista GeoNorte, v. 01, p. 443-454, 2012.

Brasil(1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Senado, Brasília, Brasil.

Brasil. (2001). Lei n nº 10.257, de 10 de julho de 2001(Estatuto da Cidade). Disponível em Acesso em: 05 de julho de 2017.

Bucci, M. P. D.(2006). O conceito de política pública em direito. In: Políticas Públicas: reflexões sobre o conceito jurídico.Bucci, M. P.D. (Org.). v. 1. p. 1-49. São Paulo: Saraiva.

Derani, C. (2006). Política pública e a norma política. In: Políticas Públicas: reflexões sobre o conceito jurídico.Bucci, M. P. D. (Org.).v. 1. p. 131-142. São Paulo: Saraiva.

Fortaleza (2014). Prefeitura Municipal de Fortaleza. Plano de Arborização. Disponível em: Acesso em: 20 de junho de 2017.

Fortaleza (2009).Prefeitura Municipal de Fortaleza. Plano Diretor Participativo. Disponível em: ˂http://legislacao.fortaleza.ce.gov.br/index.php/Plano_Diretor˃20 de junho de 2017.

Gaspar, L. (2017).Plano de Arborização de Fortaleza pode atingir meta de plantio, mas especialistas e sociedade civil cobram outra ações. 12 de junho de 2017. Disponível em ˂http://larissagaspar.com.br/2017/06/12/plano-de-arborizacao-de-fortaleza-pode-atingir-meta-de-plantio-mas-especialistas-e-sociedade-civil-cobram-outra-acoes/> Acesso em: 01 de julho de 2017.

Grassi, F. D. (1995)Direito Ambiental Aplicado. Ed. URI-campus de Frederico West-phalen, Frederico West-phalen, Rio Grande do Sul, Brasil.

Herzog, C. P. (2013).Cidade para todos: (re) aprendendo a conviver com a natureza. 1. Ed. Mauad X: Inverde, Rio de Janeiro, Brasil.

Matos, E.; Queiroz, L. P. de. (2009).Árvores para Cidades. Ministério Público do Estado da Bahia.Solisluna, Bahia, Salvador, Brasil.

Milano, M. S.(1994). Arborização Urbana: Plano Diretor. In: Anais do II Congresso Brasileiro de Arborização Urbana: Anais do V Encontro Nacional sobre Arborização Urbana. Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. 18 a 24 de setembro de 1994. p. 207-215. São Luis, Maranhão, Brasil.

Milaré, É. (2004).Direito do Ambiente: doutrina, jurisprudência. 3. Ed. Editora Revista dos Tribunais, São Paulo, Brasil.

Grassi, F.D. (1995).Direito Ambiental Aplicado. URI-campus de Frederico West-phalen, Frederico West-phalen, Rio Grande do Sul, Brasil.

Araujo, K.(2015) Plano de Arborização completa um ano com 17.307 árvores. O Estado. 19 de maio de 2015. Disponível em ˂http://www.oestadoce.com.br/cadernos/oev/plano-de-arborizacao-completa-um-ano-com-17-307-arvores˃ Acesso em: 20 de junho de 2017.

Rocha, C. A.; Souza, F. W.; Zanella, M. E.; Oliveira, A. G.; Nascimento, R. S.; Souza, O. V.; Cajazeiras, I. M.; Lima, J. L. R.; Cavalcante, R. M. (2016).Environmental Quality Assessment in Areas Used for Physical Activity and Recreation in a City Affected by Intense Urban Expansion (Fortaleza-CE, Brazil): Implications for Public Health Policy. In: Exposureand Health, v. 8, p. 1-14.

Rogers, R. (1997) Cidades para um pequeno planeta. Tradução: Anita Regina de Marco. Barcelona: Gustavo Gili.

Sena, J. M. (2016). Sistema reúne dados de arborização em Fortaleza. Jornal O Povo. Fortaleza, 10 de junho de 2016. Disponível em: ˂http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2016/06/10/noticiasjornalcotidiano,3622464/sistema-reune-dados-de-arborizacao-em-fortaleza.shtml˃ Acesso em: 20 de junho de 2017.

Silva, J. A. da (2003). Direito Ambiental Constitucional. 4. ed. Malheiros editores, São Paulo, Brasil.

Sirkis, A. (2005). O desafio ecológico das cidades.In: Meio ambiente no século 21. Trigeiro, André (org.). Autores Associados, Rio de Janeiro, Brasil.

Sirvinskas, L. P. (2000) Arborização Urbana e meio ambiente – aspectos jurídicos. In:Revista do Instituto de Pesquisas e Estudos, Bauru, n. 30, p. 263-276, dez./mar. 2000/2001. v. 2, n. 7, jul. Interesse Público, Belo Horizonte, Brasil.

Steinke, V. A.; Araújo Neto, M. D. e Carvalho, S. M. (2014). Áreas verdes em ambientes urbanos: reflexões para sustentabilidade ambiental das bacias de drenagem. In: Qualidade e Sustentabilidade do Ambiente Construído: legislação, Gestão Pública e Projetos. Câmara dos Deputados, p. 55-68. Edições Câmara, Brasília, Brasil.

Zanella, M. E.; Moura, M. O. (2013). O Clima das cidades do Nordeste brasileiro: contribuições no planejamento e gestão urbana. Revista da ANPEGE, v. 9, p. 75-89.
Publicado
26/08/2018
Como Citar
ALBUQUERQUE, Marina Macedo Gomes; ZANELLA, Maria Elisa; DANTAS, Eustógio Wandreley Correia. POLÍTICA PÚBLICA, ARBORIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: O CASO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA. REDE - Revista Eletrônica do PRODEMA, Fortaleza, v. 12, n. 03, p. 69-77, ago. 2018. ISSN 1982-5528. Disponível em: <http://www.revistarede.ufc.br/rede/article/view/500>. Acesso em: 08 maio 2024. doi: https://doi.org/10.22411/rede2018.1203.07.