DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO DO BAIRRO BENFICA - um subisídio à elaboração da Agenda 21 Local de Fortaleza, Ceará
Resumo
Este artigo investiga como a noção de espaço dual (rico versus pobres) nas áreas urbanas e suas implicações no diagnóstico participativo podem afetar a definição das políticas públicas a serem consideradas na Agenda 21 Local. Para isto, são realizadas oficinas participativas com a participação de atores sociais provenientes de duas classes socioeconômicas diferentes (classes média e baixa) residindo no bairro Benfica, Fortaleza-CE. Nesta pesquisa, utiliza-se a abordagem da Agenda 21 do Pedaço para orientar a execução da etapa do diagnóstico participativo da Agenda 21 Local, no qual se utilizam dinâmicas de grupos (“toro de palpites”, grupos focais e plenária) para alcançar os objetivos propostos. Os resultados mostraram que os problemas e objetivos diferem marcadamente: o grupo da classe média prioriza as políticas visando o aumento do seu padrão de vida, tendo como base a provisão de bens públicos (segurança pública, lazer e cultura, infraestrutura, e trânsito e sinalização), enquanto o grupo da classe pobre prioriza as políticas que atendam às necessidades básicas de subsistência e direitos humanos fundamentais, tais como saúde, trabalho e educação.
Palavras-chave
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